16 de julho de 2015

Sobre uma idéia para o Lylat-verso

Star Fox.

Vai ser rebootado de novo. Pela segunda vez. A primeira foi Star Fox 64, que é um reboot do jogo anterior. Star Fox. Do Super NES. O primeiro da série.

E isso… sinceramente, não me irrita. Também não me anima. É um gigantesco não cheira nem fede.

A primeira grande pergunta é: por que diabos a Nintendo resolveu rebootar o universo de novo? Sim, eu sei que a Nintendo está tratando Star Fox Zero como um “e se” do universo ou ainda uma “versão do diretor”, mas vamos ser sinceros: é um reboot. Tem até zero no nome, implicando uma recontagem.

A minha teoria pessoal é que o Miyamoto, após três jogos longe da série (Adventures, Assault e Command), ao retomar as rédeas dela, resolveu voltar para a parte do universo que criou e mais conhece, ou seja, a guerra contra Andross. O que é uma pena, pois muita coisa foi adicionada e desenvolvida nesses três jogos.

Coisas como marketing sexista. Sim, eu sei que essas imagens não foram usadas em conjunto, que a imagem oficial do grupo tem o Slippy fazendo malabares com bombas, o que é uma grande imbecilidade, assim como existe uma imagem promocional onde a Krystal está segurando uma arma direito e eu também sei que Star Fox: Assault foi lançado em 2005 e que no fundo devíamos é admirar como a questão de representatividade feminina evoluiu nos últimos dez anos, que nunca que uma bobagem dessas ia existir hoje em dia sem meio mundo cair matando, mas aquestão é: tudo isso não muda o fato de que existe essa imagem estúpida da Krystal sendo sexy com uma arma, e ela é estúpida. Isto que ainda existe esta aqui, que é ainda pior, já que ela insinua que é assim que ela pilota uma arwing. 

Assim chegamos na segunda grande pergunta sobre este reboot: ele importa? Faz alguma diferença irmos lá, de novo, enfrentar Andross e vingar pela enésima vez a morte do Fox de óculos escuros James McCloud, pai do Fox? É uma coisa ruim toda uma continuidade do Lylat-verso (inventei este termo para representar o universo dos jogos de Star Fox, uma referência ao Spider-verse do Homem-Aranha, achei mais sonoro que “Star Fox-verso”) (Lylat é o sistema solar onde se passa Star Fox, para quem não conhece) ser jogada fora sem mais nem menos?

Sinceramente, para mim, não.

Ao contrário de Metroid, que eu tenho essa obsessão com a integridade do canon, com Star Fox eu realmente não me importo. Pode rebootar o quanto quiser a história que tanto faz, eu fico contente só de poder jogar mais Star Fox. E por que essa diferença de tratamento com as duas séries? Por causa de dois fatores: um, o impacto que cada série causou na história dos games e dois, o modo como Star Fox lida com sua narrativa.

Metroid é social, Star Fox é tecnológico


Na minha opinião, a importância de Metroid na história dos games é dupla: uma, por criar um estilo de jogo que mistura plataforma e exploração ligada à evolução das habilidades do personagem (tanto que hoje em dia o chamamos de metroidvania, em referência a Metroid e Castlevania) e duas, o seu pioneirismo em representatividade ao ser um dos primeiros grandes jogos a ter uma heroína, a Samus. Neste segundo caso, o modo como o universo e a personagem é trabalhada influencia diretamente o legado da série, pois, como infelizmente aconteceu, um escritor ruim pode arruinar a personagem e a herança deixada por ela, e por isso eu e muitos fãs ficamos de marcação em cima da história de cada Metroid.

Já a importância histórica de Star Fox está ligada à tecnologia que seus jogos introduziram, tanto com o chip Super FX no cartucho do jogo original, que permitiu gráficos 3D no Super NES, quanto pelo Rumble Pak e a idéia de feedback tátil (haptic feedback, como é chamado em inglês) nos controles de consoles. Ou seja, a história contada em cada jogo não vai influenciar ou mudar o legado já existente da série, pois a introdução dessas tecnologias já deixou a sua marca na história dos games. Pelo menos por enquanto, nada impede a Nintendo de criar um Star Fox que tenha um forte impacto social trabalhando, por exemplo, discriminação racial dentro do Lylat-verso (uma regra básica do Lylat-verso é que se um personagem é um macaco, ele tem alguma ligação com Andross e provavelmente é mau) ou mesmo o horror da guerra e o custo dela para a sociedade, mas no momento em que escrevo este post, Star Fox só teve um impacto tecnológico.

Traduzindo: do modo como enxergo as coisas, o canon de Metroid pode alterar o seu legado histórico preexistente enquanto que o de Star Fox não. Por isso, o canon de Metroid é importante e o de Star Fox nem tanto. Por enquanto.

Nem sei o que mais dizer.

Vamos para o segundo fator que influencia a desimportância do canon de Star Fox.

Encruzilhadas e múltiplos finais


Comecemos admitindo uma coisa: nunca joguei o primeiro Star Fox. Tanto por eu nunca ter tido um Super NES quanto pela Nintendo nunca ter relançado o jogo no Virtual Console. Mas eu tenho acesso a essa maravilha moderna que é a rede mundial de computadores contendo toda a extensão do conhecimento humano e após navegar pelas super-estradas da informação eu aprendi que o primeiro Star Fox já tinha uma das grandes marcas da série: diferentes caminhos para chegar ao final.

No primeiro Star Fox, o jogador escolhia qual caminho fazer para enfrentar Andross, e cada um estava ligado à dificuldade encontrada: um médio, um difícil e um dificílimo, cada um com planetas e inimigos diferentes, criando três maneiras de viver a mesma história. Além disso, pelo que eu pesquisei, existiam duas fases secretas, uma delas funcionando como um atalho, onde o jogador podia pular para uma fase mais avançada e a outra sendo um tipo de final secreto onde Fox e seus amigos se perdem no espaço (sério).

No jogo seguinte que efetivamente foi lançado, Star Fox 64 (um dos meus jogos favoritos da vida), novamente temos encruzilhadas e caminhos alternativos, mas o acesso a eles está ligado ao desempenho do jogador, onde a maior parte das fases possui um objetivo secreto que, se completado, abre um caminho alternativo. Assim como no primeiro jogo, certos caminhos são mais difíceis que outros. Uma novidade introduzida neste jogo, porém, foram os dois finais, um “bom” e um “ruim”, ligados ao caminho feito até a última fase, Venom. No “bom” enfrentamos a verdadeira forma de Andross e salvamos o sistema Lylat definitivamente, enquanto que no ruim enfrentamos um robô Andross e fica subentendido que ele voltará.

Em seguida, tivemos Adventures e Assault, dois jogos que infelizmente não tiveram encruzilhadas ou finais alternativos.

Mas aí tivemos Command no DS, que só agora estou jogando, graças ao Virtual Console do WiiU, onde as encruzilhadas e os finais alternativos voltaram com tudo: nove finais e um monte de fases diferentes permitindo caminhos diferentes para se chegar no mesmo final. E o melhor é que o jogo não se leva a sério, os finais (pelo menos os que eu já vi, faltam alguns) são bem clichês e nem todos são necessariamente felizes. O meu favorito, por enquanto, é um que o Falco leva o Fox para afogar as mágoas num bar depois dele ter levado um fora épico da Krystal e eles decidem virar corredores de G-Zero (F-Zero do Lylat-verso).

De qualquer maneira, a questão aqui é que, a partir do momento que esses jogos possuem diversos caminhos e diversos finais, fica difícil ou pelo menos inútil exigir algum tipo de integridade de canon, já que o canon consiste em trocentas timelines diferentes (eu sei que existe a expressão “linha do tempo” correspondente em português, mas neste caso acho a palavra em inglês mais explicativa, sei lá porquê).

O que nos traz de volta ao começo: a partir do momento que o canon de Star Fox não importa no contexto geral das coisas e Star Fox é um jogo que não se importa com o próprio canon, este novo reboot não é necessariamente um problema.

Pelo menos para mim (não consigo deixar de acrescentar essas ressalvas).

De qualquer maneira, agora que expliquei o canon de Star Fox e a sua falta de importância, tanto no contexto do mundo real quanto do próprio Lylat-verso, posso finalmente apresentar o propósito deste post: uma idéia que tive para um fanfic jogo de Star Fox que brinca com as timelines do canon e que quero compartilhar aqui, que nem eu fiz com o meu fanfic a minha idéia de Metroid. A principal diferença é que a de Metroid nasceu de frustração e raiva, enquanto que a de Star Fox nasceu de excitação fanboyzística mesmo, e deixo para vocês julgarem qual delas é melhor.

Crise das infinitas guerras secretas do Lylat-verso


Acho que quem conhece as referências do subtítulo acima já sabe como é meu fanfic minha idéia de jogo, mas guardem para si antes de sair dando spoiler por aí.

Antes de começar, quero deixar claro um detalhe importante: imaginem que o visual do jogo é o do Zero, em HD bonitão, mas com o design de personagens novo, diferente de todos que já foram usados. Se posso sugerir, acho que uma versão Beatrix Potter ia ser muito legal (e bizarra), mas pode ser meio Looney Tunes ou sei lá, o que preferir.

Um estilo visual mais ou menos assim. O ideal seria ter roupas de época, para ficar ainda mais bizarro.

Vou organizar a idéia explicando como é cada playthrough (não achei uma expressão correspondente em português, mas estou falando de jogar do início até um final).

1º) O jogo começaria no começo de todas as timelines: o time Star Fox recebendo um pedido de socorro do General Pepper para ajudar a enfrentar Andross, que está tentando controlar todo o sistema de Lylat. Iríamos para Corneria com Fox, Falco, Slippy e Peppy, tudo como sempre foi, depois indo de planeta em planeta, numa dificuldade mediana e sem nenhum caminho alternativo, até chegarmos em Venom e derrotarmos Andross. Não me decidi se esse seria o verdadeiro ou um robô, mas o importante é que ele seria um Andross diferente de todos os que já enfrentamos nos diversos jogos da série, depois da ceninha final feliz a sombra de Andross apareceria, dando a entender que não vimos o final bom ainda.

2º) Mesmo início, Corneria com o time todo, igual ao primeiro. Ao terminar a primeira fase, o jogador teria a opção de escolher um caminho diferente. Independentemente de qual caminho o jogador escolhe, uma coisa estranha começaria a acontecer: alguns inimigos teriam texturas diferentes. Alguns pareceriam mais com o visual do Super NES, outros do N64 e outros do DS. Mas o único personagem que percebe algo de estranho é o Fox, os demais não falam nada.

Durante este playthrough o jogador ainda teria mais algumas opções de escolher o caminho, e sempre existiria essa estranheza em torno do visual de alguns inimigos. Em Venom enfrentaríamos Andross, mas seria diferente do que enfrentamos no primeiro playthrough, imaginei de ser exatamente o mesmo que o do final bom do N64, inclusive com a fuga da explosão ajudada pelo Fox de óculos escuros pai do Fox. A ceninha final seria praticamente igual à anterior, mas Fox estaria com uma expressão incômoda, como se algo ainda estivesse errado. E, mais uma vez, sombra de Andross no final.

3º) Mesmo início, Corneria, mas com uma diferença no time: o Slippy virou o Slippy do Super NES, falando naquele bo-bo-bobobo-bo, e não mais dublado como antes. Até o retratinho dele quando ele fala é igual ao do Super NES. Sua arwing também. Fox acha isso estranhíssimo, mas os outros não comentam nada. A fase manteria os inimigos de outras versões também, e ao final dela o jogador pode escolher qual caminho ele quer fazer, pode até ter uma opção a mais. Na segunda fase, o Slippy volta a ser o Slippy certo, mas houve outra mudança no time: o Peppy saiu e entrou a Krystal. No briefing da fase, ao invés do General Pepper, teríamos o Peppy, ou seja, é o time do começo de Command. Novamente, só Fox percebe a mudança e comenta o fato, mas os demais simplesmente acham que ele está estressado ou coisa parecida. E continuaria assim durante todo o playthrough, com o time variando de versões e o Fox enlouquecendo cada vez mais, e os inimigos e os visuais das fases também se misturando com as diversas versões que existem deles. Inclusive, acho que ia ser interessante se em algumas das fases e diálogos o vilão mudasse de Andross para os Aparoids (os vilões de Assault) ou para o Imperador Anglar (o vilão de Command) ou mesmo para o Dash, o neto de Andross que se torna o novo grande cara mau num dos finais de Command, por mais que não fizesse o menor sentido. A questão é: ia ficar tudo misturado, criando uma salada louca com todas as versões de Star Fox.

Assim chegaríamos em Venom e Andross, que imagino seria a mesma versão do primeiro playthrough, mas com um diálogo diferente, onde ele diria em algum momento que não importa quantas vezes Fox tentasse, ele sempre retornaria, até Fox morrer que nem o pai. Nessa, Fox entenderia a mensagem e se sacrificaria para dar o golpe final em Andross, levando a uma ceninha final triste, com o funeral dele e, para variar, a sombra de Andross aparecendo.

Só que, ao invés de voltar para a tela de abertura do jogo, teríamos uma fase secreta, só com o Fox, e ele voaria por um espaço meio psicodélico louco (coisa que não é incomum em Star Fox) e atiraria em umas bolhas (ou qualquer outra coisa genérica), e de cada uma sairia uma ceninha que passaria de fundo, como se fosse uma janela do YouTube flutuando no vácuo. Essas ceninhas seriam dos diversos outros jogos, até chegarmos na grande bolha final que passaria uma cena onde Andross está enfrentando o Fox de óculos escuros James McCloud e, para a grande surpresa de Fox, seu pai está vencendo o combate. Acho até que o próprio jogador podia controlar o Fox de óculos escuros James e derrotar Andross. Só que antes de levar o tiro de misericórdia, Andross saca um dispositivo trans-temporal e joga no Fox de óculos escuros em James, enviando-o para o espaço entre dimensões. Depois disso, o próprio Andross liga um outro dispositivo desses comentando de maneira maligna algo como “hora de tentar de novo”. Não faço idéia de como falar isso de maneira maligna, talvez com uma risada má e alguns trovões de fundo, de uma maneira bem má e clichê.

Pai à esquerda, filho à direita, para visualizar a piada do Fox de óculos escuros James.
Sim, vou ficar repetindo ela até o fim. Agüentem.

Quando acaba essa cena, surge o Fox de óculos escuros James na frente de Fox, e ele explica que Andross encontrou um meio de navegar entre as diversas timelines que existem e assim manipular os diversos futuros possíveis para o Lylat-verso (ele falaria universo ou Lylat, mas quis usar o termo aqui para deixar claro o que é essa bagunça que estou criando),tentando criar ao final uma única versão dos acontecimentos, onde ele domina o Lylat-verso e atinge a vida eterna porque sempre é legal pôr vida eterna em histórias clichê. Quanto a ele mesmo, o Fox de óculos escuros James explica ao filho o que aconteceu: ele ficou preso no espaço entre as dimensões, mas que sempre tentou ajudar o filho como podia, até o momento que ele descobriu como derrotar Andross de uma vez por todas, e foi por isso que ele levou Fox para lá, pois ia precisar da ajuda dele. Mas ia ter que ser logo, pois Andross já tinha começado a fundir algumas das timelines, e era por isso que Fox estava passando por toda aquela bagunça temporal, e que agora a missão dele era derrotar todas as versões de Andross em todos os universos para assim, quando as timelines terminarem de se unir, ele não possua todo o poder que pretendia e, com isso, surja a timeline onde Andross foi derrotado definitivamente e a Nintendo não reboota mais Star Fox. Além disso, a cada timeline que ele salvasse, a consciência do Fox dessa timeline seria acrescentada à dele, aumentando seu conhecimento e suas habilidades. Depois de tudo explicado, Fox entende qual é a sua missão e o jogo finalmente volta para a tela de início, terminando este terceiro playthrough.

4º em diante) Agora que o jogo começaria para valer, onde Fox viajaria por diversos caminhos e encontrando finais diferentes em cada um, como se fossem diferentes timelines, mas sempre com uma ceninha final onde ele recebe uma luz divina na cabeça e absorve mais conhecimento. Esses finais brincariam com as diversas timelines de Star Fox, nem todos precisam ser felizes, mas em todos o Andross (ou a versão correspondente dele) morre. Um extra que eu adicionaria também são referências a Star Fox 2, o jogo que foi terminado mas nunca lançado. Outra mudança em relação aos playthroughs anteriores é que o próprio Fox e seu veículo começam a variar de versão também, só pra ficar tudo ainda mais absurdo.

Sobre como o jogador acessa os diversos caminhos, sinceramente, não sei qual a melhor opção. Até o terceiro playthrough, o próprio jogador escolhia o caminho, que nem no original e no Command, mas eu gosto dos objetivos secretos do N64. Meu medo é os objetivos secretos espantarem quem não tem muita paciência para melhorar no jogo, mas, ao mesmo tempo, neste fanfic jogo imaginário que estou criando, essas pessoas provavelmente terminaram o primeiro playthrough e desencanaram. Enfim, como é só um fanfic jogo imaginário mesmo, certos caminhos dependem de completar objetivos secretos e pronto.

Quanto às fases, pensei de começar a aparecer algumas emprestando elementos de jogabilidade de outros jogos, como uma fase de perseguição ao míssel (Missile Slipstream) ou mesmo de ataque à nave mãe com um barrel roll de Command ou até mesmo uma fase (mas só uma) com o Fox fora da arwing, a pé, que nem Adventures/Assault, além de fases com o Landmaster, o Blue-Marine e o Gyrowing.

Tem ainda mais uma coisa que eu gostaria de acrescentar nessa bagunça toda, que seriam as versões “omni” dos personagens. Basicamente, pensei de terem alguns finais focados em certos personagens secundários (Slippy, Peppy, Falco, Krystal e Wolf, eu pensei, mas se algum fã do Leon quiser acrescentar ele na lista, tudo bem), e esses finais permitem que eles mantenham sua consciência para o próximo playthrough, que nem o Fox. Por exemplo: tem um final focado no Peppy, e na ceninha final onde o Fox ganha mais conhecimento, Peppy estaria junto, recebendo a luz divina também. Dali em diante, o Peppy sempre apareceria na ceninha final, e os outros vão sendo acrescentados de acordo. Por que essas versões omni existiriam? Porque sim. Não pergunta. Este jogo nunca vai existir mesmo.

E, quando finalmente o jogador terminar todos os finais e ter todos os personagens omni, ele habilitaria o caminho final, o mais difícil de todos e com fases únicas, terminando com um confronto final com o uber-Andross. E nada de “vou enfrentá-lo sozinho”, vai o time inteiro com todos os omni, até mesmo o Wolf (ok, o Leon também, senhor presidente do fã-clube do Leon). A idéia é ser bem overkill, tudo muito exagerado, épico e Michael Bay-esco. Acho até que devia tocar Eye of the Tiger ou coisa parecida.

Pra deixar todo mundo no clima.

Depois dessa batalha final, teríamos o Fox de óculos escuros James aparecendo para todos e falando que o Andross, finalmente, é uma coisa do passado, e eles salvaram o Lylat-verso, e agora eles podiam continuar vivendo a vidinha deles normalmente, mas para eles não se sentirem presos ao que aconteceu nas outras timelines, pois eles são novas pessoas com novos futuros e sei lá o que mais, blá blá blá auto-ajuda, estou orgulhoso de você filho, agora finalmente posso descansar e etc e tal. Daí créditos.

Mas então! Momento filme da Marvel! Depois dos créditos, vemos o Fox de óculos escuros James no espaço entre as dimensões observando uma janela para a timeline dos omnis, e a câmera afasta, mostrando diversas outras janelas, cada uma com um dos outros finais que o jogador já viu. A idéia é: um, fazer um gancho idiota para um jogo futuro; dois, mostrar que as timelines não foram unificadas, mas continuaram existindo em paralelo; e três, mostrar que o Fox de óculos escuros James estava escondendo alguma coisa já que as pessoas adoram personagens que escondem coisas. Não pensei muito a fundo, para dizer a verdade, só queria deixar em aberto para futuros jogos aproveitarem a timeline que quiserem para explorar, e deixar essa mecânica de dimensões paralelas viva. Sim, eu sei que, no fundo, isso basicamente deixa a porta aberta para a Nintendo rebootar Star Fox ainda mais uma vez, mas é interessante deixar esta possibilidade viva caso os fãs odeiem este fanfic jogo imaginário que eu estou criando aqui.

Conclusão


A única conclusão que eu estou conseguindo tirar deste post é que eu tenho muito tempo livre pra ficar criando esses fanfics jogos imaginários de franquias da Nintendo. O pior é que eu tenho um de Zelda também, algum dia desses eu posto aqui, para o desespero a alegria de todos vocês quatro.

Mas acho que podemos tirar uma outra conclusão disso tudo: o canon de uma história influencia o seu legado. É o que aconteceu com Metroid, para o bem ou para o mau, e é o que pode acontecer com Star Fox. Enquanto escrevia o meu fanfic jogo imaginário, fui percebendo como Star Fox corre o risco de se tornar uma franquia ligada a reboots, o que acaba cansando seus fãs, uma vez que a qualquer momento tudo o que eles sabem e gostam sobre os seus personagens favoritos pode simplesmente ser jogado fora sem mais nem menos, o que é muito frustrante. Imagino que é assim que os leitores da DC se sentem a cada crise.

Acho até que é por isso que eu fiz esse final ruim aberto: para que os fãs que gostam muito da timeline onde o Falco saiu do time e criou a equipe Star Falco (é outro dos finais de Command) possa continuar se divertindo e até mesmo criando fanfics nessa versão do universo.

Pois é isso que os fãs querem dos criadores de qualquer tipo de história: respeito pelo tempo e a dedicação que eles deram para ela, e não reboots constantes e desnecessários.

Se bem que eu, particularmente, realmente ainda não me importo com esse reboot de Star Fox. Acho que é porque tem um robô galinha nele. Se eles tivessem feito o terceiro filme da série Amazing Spider-Man com um robô galinha, eu provavelmente ia começar a gostar dela.

Considerando que tinha um robô rinoceronte, um robô galinha não é pedir demais.

Links

Feature: The Full Story Behind Star Fox 2, Nintendo's Most Famous Cancellation (Nintendo Life)

Iwata Asks: Star Fox 64 3D (Nintendo)

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